terça-feira, 27 de março de 2012



Quase não assisti o BBB12, mas as poucas vezes que o fiz, consegui dar algumas risadas com a Monique. Tinha feito um pré-julgamento em relação a ela (por tudo que foi comentado),mas ao ver o programa percebi que ela é GENTE. Ela é viva, ela é emoção. Monique sou eu. Monique é você. Monique é sua calça que não entra. Monique é sua maquiagem borrada. Monique é o choro escondido. É a mágoa pela falta do beijo. É o ressentimento pelo abraço que não veio, pelo olhar que não te alcançou, pelo coração que não foi atingido. Monique é carente. Uma carente que chora, que fala na cara o que pensa e sente. Não tem medo de ser rotulada como boba. Gosta de tudo às claras, tudo preto no branco. Monique é vida, é um atrevimento do bem, é a sinceridade na ponta da língua, é a que bebe e passa do ponto, é a que depois de umas e outras esquece o que falou. Ela se entrega. Sem medo, sem vergonha, sem a menor falta de pudor. E espera receber o mesmo. Por isso, frequentemente se sente pobre, vazia, sozinha. Quem muito se dá, muito espera. Monique é a falta do gosto, o excesso da falta, é aquele seu comportamento maluco. Primeiro, tenta seduzir. Não consegue. Depois, tenta ser mais direta. Não consegue. Depois, xinga. Briga. Mete o dedo na cara. Desabafa. Vomita. Mete os pés pelas mãos. Deixa a carência pegar o megafone e gritar: por favor, me veja! Por favor, não me chame só para uns beijos meio sem vontade. Não me chame só pra dormir abraçado. Não me chame só quando der na telha. Me chame sempre, me chame hoje, me chame a todo minuto. Ela só quer, como toda mulher, ser vista. Ser notada. Ser elogiada. Ser sentida. Ser amada. Ser reconhecida. Ela só quer que alguém pegue sua autoestima no colo e faça um cafuné.

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